Município de Ponte de Lima, Associação Concelhia das Feiras Novas e a Amiba apresentam o livro “Ovelhas do Minho”

Integrado no programa das Feiras Novas 2021, foi apresentado publicamente o livro “Ovelhas do Minho”, uma publicação do Município de Ponte de Lima e da Associação Concelhia das Feiras Novas, em parceria com a Associação dos Criadores de Bovinos de Raças Barrosã (AMIBA). Trata-se de uma publicação que destaca as raças autóctones, um património nacional de valor considerável.

Esta publicação tem como objetivo divulgar, preservar e valorizar os ovinos da raça Bordaleira de Entre Douro e Minho e da raça Churra do Minho, cada vez mais premente a necessidade e importância da manutenção, de forma continuada, à conservação, melhoramento e valorização da globalidade das raças autóctones.

O Presidente da AMIBA, Dr. Nuno Brito, que é também um dos autores do livro, recordou a 1ª publicação, lançada em setembro de 2018, “Galinhas de Portugal”, como “uma referência sobre as galinhas nacionais”. Esta 2ª publicação, que mais uma vez conta com o apoio do Município de Ponte de Lima, representa “um trabalho que deve ser feito por organismos públicos naquilo que se insere na divulgação, conhecimento e promoção das raças autóctones”.

Por sua vez, a Presidente da Associação Concelhia das Feiras Novas, Dra. Ana Machado, confirmou que “a partir de agora teremos também as ovelhas no concurso pecuário das Feiras Novas, para embelezar ainda mais essa manhã de sábado que é fascinante para o mundo rural e para todos aqueles que realmente valorizam a tradição.”

O Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, Eng.º Victor Mendes considerou que esta obra “deve-se muito ao trabalho daqueles que verdadeiramente acreditam que só existe território e que só existe pais se, efetivamente mantivermos o nosso mundo rural”. O autarca referiu ainda que a Câmara Municipal e a AMIBA enquanto instituições públicas “têm a obrigação de preservar, manter e valorizar o património e os recursos genéticos.”

O livro "Ovelhas do Minho" resulta do trabalho dos técnicos da AMIBA durante a implementação do Plano de Melhoramento Genético da raça Barrosã, onde constataram a existência de uma população de ovinos "de pequeno porte, de lã grosseira, rústicos e resistentes”, que “acompanhavam as vacas, nos campos e nos montes, durante a pastagem".

Em 2002, confirmada a sua existência e reconhecida como raça autóctone pela DGV (Direção Geral de Veterinária – atual DGAV – Direção Geral de Alimentação e Veterinária), foi constituído o Livro Genealógico da Raça Bordaleira de Entre Douro e Minho, sendo a sua gestão confiada à AMIBA. Esta associação assumiu a definição e implementação do Programa de Conservação, Seleção e Melhoramento da Raça Ovina Bordaleira de Entre Douro e Minho.

Um Livro Genealógico (LG) é constituído por informação estruturada, onde se encontram inscritos os reprodutores puros de uma determinada raça, as suas caraterísticas produtivas e reprodutivas, bem como a indicação dos seus ascendentes e descendentes.