Ambar | Encontro Portugal-Índia

Através da musica, da dança, do imaginário do poeta coletivo, Artistas, músicos e bailarinos de Portugal e do estado do Rajastão na India, dedicados desde há́ muito à exploração das tradições e da música de raiz destas regiões, encontram-se em residência artística pela primeira vez e simbolicamente num ano de reestruturação, para criar um espetáculo único, uma loa aos povos nómadas, aos caminhos, à migração pelas urgências do Corpo mas também da Alma que em tanto contribuíram para a construção da nossa Identidade tão una quanto plural. Permitamo-nos ser nómadas pela satisfação das necessidades dos sentidos, permeáveis pela sede de novos encontros. Continuamos a descobrir-nos uns aos outros e a nós próprios, qual Manifesto Cultural e Ecuménico, na Esperança de poder fazer parte desta esfera regeneradora, de erguer mais uma ponte entre dois povos que têm mais em comum do que imaginamos!

Rahis Bharti: Artistic Director e Tabla
Babu Khan: Harmonium e Voz
Sikandar Langa: Voz e Khartal
Alfaz Khan: Dholak e Dhol
Rui Ferreira "Caps": Piano e Percussão
Sofia Adriana Portugal: Voz e Percussão
João Ferreira Martins: Cavaquinho, Viola Braguesa, Guitarra Portuguesa, Sanfona e Percussão
Tiago Manuel Soares: Trancanholas, Adufe e outras percussões
Kritika Thakur: Bailarina

Partimos para o desconhecido. Para cá e para lá da Boa Esperança, o Mar que nos une é infinitamente maior que o Mar que nos separa.

Descobrimos que muito antes de os nossos povos se cruzarem, já os seus pensadores, filósofos e poetas convergiam em pensamento e preconizavam um tempo, uma história do Futuro, em que o mundo seria governado pelos que, na sua ingenuidade e sentimento puro, se conectam com o divino, dando-se aos prazeres do Corpo e aos deleites do Espírito. A Arte, a Música, a Dança providenciariam essa ligação cósmica.

Entre a era do Espírito Santo e Shiva existe o Fogo transmutador, o que tudo transforma e regenera, o que conecta o céu e a terra, o masculino e o feminino, a consciência e a matéria, toda a natureza, todos o animais, todos os povos da terra, fazendo prosperar a igualdade.

Partimos da imaginação que nos caracteriza, do desejo de descoberta, dessa “febre de Além” que nos impele para novos mundos e que continua paulatinamente a construir a nossa Identidade. Será a Cultura o que define um território ou o território o que define a Cultura?

A nossa Língua, a nossa Música, a nossa Dança estão e estarão sempre em constante mudança, assim nos permitamos impregnar de novos mundos e tempos.

A Identidade não é estanque, é uma simbiose entre o maravilhoso e a experiência. O nosso património, a nossa herança Imaterial é conduzida pela permanente regeneração e é essa transformação o motor para um futuro de autodescoberta.

Através da música, da dança, do imaginário do poeta coletivo, Artistas, músicos e bailarinos de Portugal e do estado do Rajastão na Índia, dedicados desde há muito à exploração das tradições e da música de raiz destas regiões, encontram-se em residência artística pela primeira vez e simbolicamente num ano de reestruturação, para criar um espetáculo único, uma loa aos povos nómadas, aos caminhos, à migração pelas urgências do Corpo mas também da Alma que em tanto contribuíram para a construção da nossa Identidade tão una quanto plural.

Permitamo-nos ser nómadas pela satisfação das necessidades dos sentidos, permeáveis pela sede de novos encontros. Continuamos a descobrir-nos uns aos outros e a nós próprios, qual Manifesto Cultural e Ecuménico, na Esperança de poder fazer parte desta esfera regeneradora, de erguer mais uma ponte entre dois povos que têm mais em comum do que imaginamos!