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Enoch Arden

+Música Clássica
A 5 de Junho, às 20h00, no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, Música Clássica: Enoch Arden – Melodrama para narrador e piano de Richard Strauss sobre poema de Tennyson | Albano Jerónimo e Nuno Vieira de Almeida.
Brevemente informações sobre venda de bilhetes.
Maiores de 6 anos.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 258 900 414 ou pelo email teatrodb@cm-pontedelima.pt.
Enoch Arden – Melodrama para narrador e piano de Richard Strauss sobre poema de Tennyson
Basicamente a definição de melodrama refere uma obra, ou parte dela, em que o texto é declamado sobre música. Apesar de algumas óperas terem momentos de melodrama – Fidelio ou A mulher sem sombra, por exemplo – diversos compositores dedicaram a esta prática musical obras inteiras.
Strauss compõe em 1896/97 sobre texto de Tennyson o melodrama Enoch Arden, para voz e piano. A obra situa-se entre os poemas sinfónicos assim falava Zarathustra de 1896, e D. Quixote de 1897 e, como estes, pode considerar-se já uma obra de maturidade para um compositor com 33 anos que tinha ainda uma longa e criativa carreira à sua frente. Foi com Enoch Arden que Strauss obteve na altura um sucesso retumbante, ainda maior do que o conseguido com os poemas sinfónicos, tendo efectuado inúmeras tournées com o seu dedicatário, Ernst von Possart, actor e director teatral.
Enoch Arden é um dos mais longos melodramas existentes e um dos mais bem construídos. A temática remete-nos a Ulisses e Robinson Crusoe, mas a melancolia do marinheiro que perde e reencontra a família de novo formada, julgando-o morto, é totalmente romântica e encontra a sua confirmação genial na música de Strauss. O piano dá a chave, por assim dizer, a muitíssima coisa no texto, tornando-se um parceiro indispensável à leitura. Cada personagem tem musicalmente o seu “motivo conductor” e o entrosamento dos vários temas, tratado com uma modernidade romântica (uso o choque de conceitos propositadamente) típica do compositor, acaba por apontar o caminho a muitas obras cénicas tardias. Trata-se realmente de uma obra prima.
Uma problemática interessante que distingue de forma óbvia a diferença entre a palavra dita e a palavra cantada é que, no primeiro caso, o compositor trata apenas de clarificar o significado do texto segundo a sua leitura pessoal, ouvida na parte instrumental, sem compor tendo em conta directa a sonoridade da língua, como acontece invariavelmente nos textos cantados. Isso dá a actor e pianista uma responsabilidade acrescida uma vez que a música que ilustra o texto fornece a indicação segura do tipo de leitura pretendida, permitindo simultaneamente que este seja proferido na língua do país em que é interpretado sem “quase” causar dano à leitura feita pelo compositor.
Não admira por isso que Enoch Arden tenha sido abordado por um grande número de declamadores (entre actores e cantores) tão famosos quanto Claude Rains, Bruno Ganz ou Jon Vickers e Dietrich Fischer-Dieskau, que o interpretaram no original inglês e na tradução alemã, e pianistas como Glenn Gould, Emanuel Ax ou Wolfram Rieger.
A obra nunca foi dada em Portugal e cabe-nos a nós, a mim e ao Albano Jerónimo, a honra e a alegria de finalmente a estrear na tradução portuguesa de Vítor Moura. Como se costuma dizer: “Já não era sem tempo!”
(Texto de Nuno Vieira de Almeida)
Richard Strauss – Enoch Arden – poema de Tennyson (tradução de Vítor Moura)
Albano Jerónimo – narração
Nuno Vieira de Almeida – piano, direcção
20h00