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Lançamento do Livro 'PoéticArdente' de José Ernesto Costa

29 Novembro 2022

O Município de Ponte de Lima vai acolher a apresentação do livro "PoéticArdente" da autoria de José Ernesto Costa, no próximo sábado, dia 3 de dezembro de 2022, pelas 17h00, no auditório da Câmara Municipal de Ponte de Lima.

Uma obra poética, publicada sob a chancela do autor, que resulta da compilação de poemas de expressão livre, cujas palavras se conjugam com o objetivo de despertar as nossas emoções e sentimentos.

Marque presença nesta sessão e conheça a mais recente produção literária de José Ernesto Costa.

Aceite o nosso convite e venha celebrar a literatura em Língua Portuguesa.

A entrada é gratuita.

Esperamos por si!

Sobre o autor:

Às sete horas da manhã, de sete de agosto de 1947, Beatriz de Sousa Morais a residir no lugar do Salgueirinho, Arcozelo-Ponte de Lima, dá à luz uma criança do sexo masculino. Esse rebento, viria a ser batizado de José Ernesto Sousa Morais da Costa.

O rapaz, foi crescendo nesse caminho rural bebendo água da fonte de São Francisco de Assis, aí existente. Diz a lenda que São Francisco também bebeu nessa fonte, daí a espiritualidade adquirida!
Ao colo da mãe, ou correndo descalço até ao ribeiro (Rio Labruja) local de encontro com o Rio Lima, aprendeu a valorizar a água, a respeitar o seu leito, tido como perigoso, brincando com as lavadeiras de então. Aos poucos, nessa realidade distante, aprendeu a nadar e a saltar do Arnado para o Lima.

Meio criança ainda imigra para a Vila adquirindo uma formação em contacto com o público diverso, quer na mercearia, tipografia ou livraria Guimarães, onde lidou com grandes homens da poesia, letras, artes e jornalismo, tirando dessa relação grande aprendizagem que lhe tem sido útil ao longo da vida.

Surge, por imposição, o dever de defender a pátria. Militar do Ramo da Força Aérea vai prestar serviço em Luanda-Angola, capital de uma grandeza de vida que impressionava. Na oportunidade, adquire a prestações uma máquina fotográfica, que o levou a ser fotógrafo na Base Aérea 9, fazendo centenas de fotografias para militares e civis. À noite, coloria parte das fotos (não havia a cores) à mão e desenhava nos álbuns os nomes em letra gótica. Dessas constantes visitas ao Laboratório Fotográfico Gonçalves, na Samba, repara numa fotografia aí exposta, que ainda hoje a conserva religiosamente, e diz-lhe:

– Gonçalves, aquela menina irá ser um dia minha Mulher!

– Tu és louco, ela é mais nova que tu onze anos e o pai é de gancho…

– Não faz mal, sei esperar, sou paciente!

Num dia de 1971 surge a troca do primeiro olhar e um leve beijo na face, que seria para sempre.
Passados cinquenta anos de ternura, amor, respeito e sentimento, dessa impossível aventura existem guardadas entre eles trezentas cartas que uma loucura tornou realidade, transformando esse piscar de olho com Florinda Costa, na “Kiduchinha” de hoje, sua Alma Gémea.
Angola, tinha gerado um carinho do qual seria por certo o garante de um louco e longo amor…
Naquela terra vermelha sentia-se em todos os cantos o calor humano daquelas gentes, com credos, religiões ou profissões que se definiam com toalha ao ombro e havaianas nos pés, ou seja, todos iguais. Era relativamente fácil construir amizade franca para sempre.
Luanda, estava num progresso constante e a todos os níveis, cativava pelos cheiros dos coqueiros da ilha, o sabor da água salgada da Baía, refrescava os lábios com gelados do Baleizão, enfeitiçava com a água do Bengo, o calor do capim, aquecia o corpo da mulher em movimento, com tranças de sisal, brincos de algodão no olhar refletia o brilho do café com as cores da manga ou das papaias, com o som do batuque quando se pilava a mandioca.
De regresso à Metrópole como “retornado”, algum tempo a vaguear e nas dificuldades de empregos, resolve emigrar para França, mais concretamente para Paris, essa cidade de luz e de sonhos. Volvido um ano e sem se adaptar ao frio humano, regressa a Portugal e vai trabalhar como vendedor para Lisboa, sem conhecer literalmente nada. Acabou por tratar essa capital por tu!
Ao viver na rua da Saudade, contraiu matrimónio na Sé de Lisboa. Mais tarde deslocar-se-ia para Cascais, onde passou a residir e a estabelecer-se comercialmente durante anos.
Mas, Ponte de Lima ao falar-lhe constantemente ao ouvido, escutando o mais profundo do seu sentimento, veio fixar-se definitivamente na sua Terra Mãe.

Tem publicações dispersas pelas revistas e jornais, dos quais destacamos: Alto Minho, Cardeal Saraiva, Falcão do Minho, Paróquia de Algés, Costa do Sol, A Aurora do Lima, Jornal de Felgueiras, Jornal Vento Novo, Íbis, Anunciador das Feiras Novas, Limiana e Revista da Liga dos Amigos do Hospital de Ponte de Lima, sendo desta última codiretor, já que fazia parte da direção da Liga, onde assumiu diversos cargos durante doze anos, entre eles o de Vice-Presidente, e colaborou na homenagem póstuma a «João Marcos: vida e obra de um grande pensador da Beira Lima (1913-2005», que viria a ser publicada em livro por João Gonçalves da Costa.
É cofundador da Casa do Concelho de Ponte de Lima em Lisboa, onde desempenhou as funções de secretário; da Associação de Geminação entre a vila de Arcozelo e a vila de Les Martres-de-Veyre, França; e da Associação de Escritores Jornalistas e Produtores Culturais de Ponte de Lima (AEJPCPL), sendo seu atual secretário.

Fez parte da Comissão Instaladora do monumento à Rainha D. Teresa.
Para além da Menção Honrosa em Poesia Livre nos Jogos Florais 1980, do Jornal Vento Novo, de Sacavém, em 2002, esteve na génese do Concurso das Quadras Populares das Feiras Novas, do jornal Cardeal Saraiva, fazendo parte da organização e do júri, e do Prémio Rio Lima e o Ambiente.
Publicou as seguintes obras: Reedição de postais antigos, 1995; Poemas da Terra e do Lima, 1996; Cheia do Rio Lima, 2001; Crónicas de um outro Tempo (I), 2004; Crónicas de um outro Tempo (II), 2005; Crónicas de um outro Tempo (III), 2006; Ginkgo-Biloba, 2007; O nosso olhar sobre as Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, 2012; PoéticArdente, 2021.

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