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- Ponte de Lima: Sociedade, Economia e Instituições
Ponte de Lima: Sociedade, Economia e Instituições
ESGOTADO
ESTEVES, Alexandra; ARAÚJO, Maria Marta Lobo - Ponte de Lima: Sociedade, Economia e Instituições. Braga: CITCEM - Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura Espaço e Memória; Ponte de Lima: Município de Ponte de Lima, 2012. 391 p. ISBN: 978-989-8612-01-04.
- Preço: €15,00 (inclui o valor da taxa de IVA legal em vigor)
- Como encomendar: contacte-nos através do e-mail: arquivo@cm-pontedelima.pt
Apresentação
«Dos tempos medievais à contemporaneidade: Ponte de Lima no espaço e no tempo» foi o tema do Congresso que teve lugar em Ponte de Lima, nos dias 18 e 19 de novembro de 2011, no decurso do qual foram abordadas temáticas variadas e da maior relevância, tendo embora como denominador comum acontecimentos e momentos marcantes da história passada e recente de Ponte de Lima. As reflexões produzidas pelos autores das comunicações apresentadas naquele evento são agora divulgadas sob a forma de livro e constituirão, decerto, um importante contributo para um conhecimento mais alargado e aprofundado de múltiplas vertentes da história local.
Cristiana Vieira de Freitas faz uma resenha histórica do Arquivo Municipal de Ponte de Lima, enquanto repositório tradicional (documentos analógicos) e digital (informação digital) de fontes de informação imprescindíveis para a história de Ponte de Lima, desde a Idade Média até à contemporaneidade. Realça as atividades educativas promovidas pelo Arquivo, dirigidas à comunidade escolar, com o intuito de divulgar a história do concelho e de sensibilizar os mais jovens para a conservação, preservação e valorização do património arquivístico.
O trabalho de Maria Marta Lobo de Araújo incide na ação desenvolvida pelo hospital da Santa Casa da Misericórdia de Ponte na assistência aos militares durante o período compreendido entre 1814 e 1850. Enuncia ainda as doenças de que padeciam os militares internados e os fatores potenciadores dessas enfermidades, bem como as alterações que o internamento desses homens provocou no funcionamento daquela unidade hospitalar.
O texto de Alexandra Esteves trata da higiene pública e da prestação de cuidados de saúde em Ponte de Lima, no século XIX. Aponta um conjunto de medidas tomadas no sentido de salvaguardar a saúde e o bem-estar das populações, realçando, entre outras iniciativas, os melhoramentos das infraestruturas, as ações inspetivas junto dos abastecedores de bens alimentícios, o controlo sobre mendigos e vadios e a implementação de um plano de vacinação. A autora dedica ainda uma parte do seu trabalho ao levantamento dos recursos humanos, então existentes em Ponte de Lima, para cuidar da saúde da população: médicos, boticários e cirurgiões.
As instituições que, no século XIX e no início do século XX, prestavam cuida dos de saúde às populações de Ponte de Lima constituem o tema da comunicação de Ana Paula Araújo, destacando, neste âmbito, o papel da Santa Casa da Misericórdia. Faz ainda referência a várias personalidades limianas que se distinguiram não apenas no exercício da medicina, mas que se afirmaram, simultaneamente, no domínio científico e cultural.
Camilo Fernández Cortizo foca a sua análise na emigração galega para a região ocidental de Entre Douro e Minho, entre os séculos XIV e XIX. De acordo com a sua exposição, até finais ao século XVII, o comércio marítimo e terrestre e a atividade piscatória eram os setores onde mais se fazia sentir a presença galega no norte de Portugal. Todavia, a partir do início do século XVIII, em resultado da procura de melhores oportunidades de emprego e de salários mais vantajosos, bem como da fuga ao serviço militar e à repressão política, o número de emigrantes galegos que se ocupava nos mais variados ofícios (lavradores, jornaleiros, criados e canteiros) acabou por superar os que se dedicavam à atividade comercial e pesqueira.
Henrique Rodrigues, partindo dos Livros de Recenseamento Militar do Município de Ponte de Lima, trata da mobilidade dos mancebos limianos durante o período compreendido entre 1856 e 1898. Com base naquela fonte, propõe-se estudar a mobilidade de uma faixa etária da população masculina arrolada na altura do recenseamento militar e conhecer os perfis dos jovens adultos, incluindo dados sobre o quadro social, profissional, familiar e as terras de fixação. Mostra ainda como a mobilidade impulsionou a comunicação escrita, como forma de preservar a ligação entre os que partiram e os que ficaram.
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