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Velocidade de Escape + Teoria 5S | Visões Úteis

Cultura
11 Mai
Adicionar a calendário 2018-05-11 10:51:00 2018-05-11 10:51:00 Europe/Lisbon Velocidade de Escape + Teoria 5S | Visões Úteis + Teatro Teatro Diogo Bernardes

+ Teatro

A 11 de maio, às 22h00, no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, o Visões Úteis apresenta dois espectáculos de teatro autónomos, pese embora com um fio condutor que os interliga – Velocidade de Escape, seguido de Teoria 5S –, prevendo-se uma experiência muito diferente para os apreciadores de teatro.

Velocidade de Escape

"É uma armadilha. Digam-me que percebem que é uma armadilha, que percebem a minha responsabilidade, que não posso deixar isto para quem vier depois de mim!" 
“Velocidade de Escape”, que toma para título a expressão que designa a velocidade mínima que um objecto sem propulsão precisa para se libertar de um campo gravitacional, é o segundo momento de uma reflexão do Visões Úteis sobre o modo como lidamos com o lastro do nosso passado e desenhamos o futuro em que nos queremos projectar, reflexão iniciada na anterior criação “Teoria 5S” (Novembro, 2017).
Estamos agora nesse futuro projectado, um espaço e tempo “ideal”, mais económico e leve, limpo do desperdício da existência humana – com as suas complexas memórias e emoções, a sua expressividade exagerada. Entramos na casa de um homem de meia-idade (Pedro Carreira) que aparentemente conseguiu libertar-se do seu lastro material e emocional, cortar os laços com o passado e assim conquistar a absoluta serenidade.
Para “passar um tempo agradável”, ele recebe dois convidados mais jovens (Mafalda Banquart e Tiago Araújo), que não conhece mas que foram seleccionados por um qualquer algoritmo capaz de sugerir a companhia ideal para cada ocasião. O encontro põe à prova as reais capacidades do anfitrião para pertencer ao “maravilhoso novo mundo” leve, conciso, flexível, em que os jovens convidados parecem viver tão confortavelmente… mas revela também que, afinal, o convite escondia um objectivo sinuoso: resolver o último e embaraçante obstáculo à total libertação deste homem.

Ficha Técnica e Artística
direção e texto Ana Vitorino, Carlos Costa, João Martins
cenografia Inês de Carvalho
sonoplastia João Martins
desenho de luz Pedro Correia
vídeo Nuno Barbosa
coordenação de montagem Zé Diogo Cunha
coordenação de produção Teresa Camarinha
interpretação e co-criação Mafalda Banquart, Pedro Carreira, Tiago Araújo
fotografia João Tuna / Teatro Nacional S. João
co-produção Visões Úteis, TNSJ
agradecimentos: Leonor Quinta, José Reis, Hernâni

Teoria 5S

A conservação das memórias através de um arquivo morto (ou de objectos do passado) é algo que nos prende a um tempo onde já não podemos existir nem actuar. Não será, assim, o acto da destruição desse arquivo uma libertação necessária para podermos pertencer verdadeiramente ao presente e nos projectarmos no futuro, para nos podermos mover, seguir caminho? Por outro lado, sem esse espólio seremos nós ainda alguma coisa? Não será a única forma de identificação de uma pessoa a materialização daquilo que fez e experienciou no passado?
“Teoria 5S”, co-produção com o Teatro Municipal do Porto, foi a primeira de duas criações originais – a que se seguiu “Velocidade de Escape”, co-produção com o Teatro Nacional S. João em março de 2018 – dedicadas a esse confronto com o nosso lastro físico, e à eventual (ilusória?) libertação que a sua destruição ou redução minimalista nos poderá trazer. 
O espectáculo, que reflecte com humor sobre uma certa ansiedade reducionista (ou mesmo minimalista) dos nossos tempos, inspira-se no confronto com o arquivo que o Visões Úteis criou ao longo de mais de duas décadas, e é marcado pelo reencontro com dois actores que ocupam um lugar muito especial nesse arquivo – e na própria história do teatro do Porto –, Jorge Paupério e Óscar Branco.
Em “Teoria 5S”, um grupo de pessoas mergulha no seu arquivo comum, forçando-o aos ensinamentos e regras trazidos por uma especialista em metodologias de arrumação, organização e eficácia. Um caminho de redução material que tenta criar espaço para um futuro mais promissor, mas que vai afinal mostrar-se cheio de paradoxos, expondo fragilidades individuais e fracturas dentro do próprio grupo. Se calhar alguns de nós não cabem no futuro…?

Ficha Técnica e Artística
criação e direcção Ana Vitorino, Carlos Costa, João Martins
cenografia Inês de Carvalho
banda sonora original e sonoplastia João Martins
desenho de luz Pedro Correia
vídeo Nuno Barbosa
interpretação Ana Azevedo, Ana Vitorino, Carlos Costa, Jorge Paupério, Óscar Branco
coordenação de produção Teresa Camarinha
coordenação de montagem Zé Diogo Cunha 
fotografia José Caldeira / Teatro Municipal do Porto
co-produção Visões Úteis, Teatro Municipal do Porto
apoio: Adão Oculista, Anjos Urbanos 
agradecimentos: Nuno Casimiro, Pedro Carreira, José Carlos Coelho, Francisco Barbedo, Armanda Martins, Mónica Domingues, Fundação Escultor José Rodrigues, Arsélio Martins, Cláudia Escaleira, Hernâni
Classificação etária: M/14 anos

O Visões Úteis é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura da República Portuguesa / Direcção-Geral das Artes

O Visões Úteis é um projecto artístico, de origem teatral, fundado no Porto em 1994, e actualmente residente na Fábrica Social. Até Dezembro de 2017 o Visões Úteis criou e produziu 41 espectáculos de teatro, 9 trabalhos de Performance na Paisagem, uma Performance Comunitária, 9 filmes e 5 festivais, em Portugal, Espanha, França e Itália.
O Visões Úteis é um projecto artístico, marcadamente de autor, que se produz a si próprio, um projecto pluridisciplinar, com uma direcção partilhada e assente em metodologias de trabalho colaborativas que convocam uma especial participação de toda a equipa artística. Como sinais desta identidade podem apontar-se as sucessivas experiências de Performance na Paisagem – articuladas com viagens, residências, património e memórias – e a assinatura de dramaturgias originais – resultado de longos processos criativos que questionam, sem mediação, não só o nosso aqui e agora mas também os modos de participação do público.
No Visões Úteis o projecto estético continua a crescer em sintonia com uma forte motivação ética – podemos mesmo dizer política – numa constante reflexão acerca do sentido contemporâneo de fazer arte e teatro, que quotidianamente marca as opções de trabalho, agudiza a consciência da responsabilidade social e política para com as comunidades envolventes e obriga à partilha dos processos de reflexão e autonomia da arte contemporânea com a população em geral, e em particular com todos aqueles que vivem nas periferias, sejam estas de geografia, género, geração, cultura ou etnia.
O Visões Úteis é membro da PLATEIA – Associação de Profissionais das Artes Cénicas, do IETM – International Network for Contemporary Performing Arts e da Fundação Anna Lindh.
A Direcção Artística é de Ana Vitorino, Carlos Costa e João Martins.

Horário:

22h00

Local:
Teatro Diogo Bernardes
Informação adicional:

Os bilhetes (3,00€) serão disponibilizados a partir das 9h00 do próximo dia 19 de abril, quinta-feira.

O número máximo de entradas a adquirir será de 4 bilhetes por pessoa, apenas no caso de existirem filas para a procura dos mesmos, podendo ir até ao máximo de 6 bilhetes por pessoa no caso de espectadores que pretendam adquirir a totalidade de lugares de uma frisa ou camarote de 1.ª classe ou camarote de 2.ª classe, com esse número de lugares (6 lugares), conforme constar na planta de lugares publicitada na Bilheteira do Teatro Diogo Bernardes e no website municipal, também apenas no caso de existirem filas para a procura dos mesmos (http://www.cm-pontedelima.pt/thumbs/uploads/writer_file/image/2230/MapaTDB_Final_1_1024_2500.jpg).

Relativamente aos pedidos realizados por correio electrónico, apenas serão atendidos os recebidos a partir da hora e data de disponibilização na bilheteira física, divulgada no mural oficial do facebook, nas mesmas condições acima indicadas e após serem satisfeitas as aquisições presenciais.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 258 900 414 ou pelo email teatrodb@cm-pontedelima.pt.

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