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- Álvaro Cortez
Álvaro Cortez
Festival Percursos da Música – Ponte de Lima
Álvaro Cortez Lourenço Alves, iniciou os seus estudos musicais aos 13 anos na "Banda Musical de Oliveira" (Barcelos), tendo como primeiros tutores Alberto Bastos e Samuel Bastos (oboé).
No ano seguinte ingressou no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga, na classe de Helena Pereira e Hugo Vieira. Foi seleccionado para se juntar à Orquestra de Jovens dos Conservatórios Oficiais de Música (OJ.com) quatro anos consecutivos (dois como chefe de naipe). Com apenas 16 anos apresentou-se pela primeira vez a solo com a “Orquestra Gulbenkian de Braga”, e com a tenra idade de 17 anos faria a sua estreia a solo com orquestras profissionais executando o concerto para marimba e orquestra de E. Sejournee, com a "Orquestra do Norte".
Termina o seu percurso pelo conservatório com 20 valores ingressando na Universidade do Minho sob a tutela de Nuno Aroso, onde termina a sua licenciatura, também com nota máxima. A progressão académica/musical continuaria pela Hanns Eisler Hochschule fur Musik em Berlim, onde estudou percussão orquestral com Rainer Siegers e Franz Schindlbeck, Conservatoire de Musique et Dance de Lyon, em que estudou percussão solista com Jean Jeoffroy e em Antuérpia, em estudos de marimba com o afamado virtuoso Ludwig Albert.
Trabalhou com intérpretes e pedagogos como Paul Costa, Rui Sul Gomes, Paulo Oliveira, Rui Silva, Nuno Aroso, Fillipo Latanzi, Ludwig Albert, Li Biao, Mark Brahafart (Royal Concertgebouw Orchestra), Daniella Ganeva, Jaume Espinosa, Manolo Martinez, Marta Klimasara, Swe-e-wu, John Beck, Jean Geoffroy, Emmanuel Séjourné, Leonidas Kavakos, Tatiana Samouil, Alissa Margulis, entre outros.
Teve o privilégio de trabalhar também com maestros como Garcia Barrios, Jacomo Bairos, C. Lindberg, Edo de Waart, Joana Carneiro, Paul McCreesh, Emil Svetnov, Kirill Karabits e Vasily Petrenko.
Foi premiado com o 2.º lugar no concurso "Anatólio Falé" – Lagos, em 2010; 1.º lugar no concurso "Jovens solistas" inserido na Capital Europeia da Juventude (Braga CEJ) em 2012; 3.º prémio no "Prémio Jovens Músicos” – percussão, nível superior, em 2013, com apenas 19 anos; 1.º prémio no "Concurso Mosicale Europeu – Cittá di Filadélfia" – Itália, em 2014; 2.º prémio (sem primeiro) no "Internacional Marimba Competition " (PAS Greece) – Grécia, em 2014.
Foi também galardoado com o 3.º prémio num dos concursos mais importantes no panorama percussivo mundial – “Jeju International Competition”, na Coreia do Sul, apelidado pela imprensa Coreana com o “ARD” asiático. Recentemente, foi-lhe atribuído o 6.º prémio no que se pode chamar de “Queen Elizabeth Competition” para Marimba – “Universal Marimba Competition” que se realizou na Bélgica. Além desta magnifica posição, foi-lhe entregue o “special young talent prize” e o prémio para melhor interpretação de todo o concurso, atribuído pelo presidente do júri – Igor Lesnik.
Na época 2019/2020 destacam-se concertos com a Orquestra Nacional do Peru, Orquestra Nacional do Chile, Antwerp Camerata e Brussels Philarmonic. Foi recentemente convidado para ser artista residente na Antwerp Camerata durante as próximas duas temporadas.
Isabel Romero, natural de Braga, é licenciada em piano pela Haute École de Musique de Genève (HEM), onde estudou piano com Cédric Pescia e música de câmara com Jean-Jacques Balet (entre outros). É portadora do Prémio Maurice d’Espine, atribuído pela HEM, pelo melhor recital final de piano de licenciatura e do Prémio de Acompanhamento ao Piano do Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa. Na Suíça, foi bolseira das fundações Hans Wilsdorf e Butticaz.
Ao longo do seu percurso, teve oportunidade de tocar, a solo ou em formação de câmara, em locais como o Museu da Fundação Calouste Gulbenkian (“Concertos Promenade”), o Palácio Foz, Temple Fusterie (Genebra), entre outros, em festivais como a Fête de la Musique (Genebra) e Dias da Música (CCB), em concertos organizados pela EPTA (European Piano Teachers Association) e em concertos de divulgação musical organizados e comentados por Miguel Leite e António Vitorino d’Almeida. Tocou como solista com a orquestra do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga (CMCG), dirigida por Martin André.
No CMCG, completou a formação pré-superior com a nota máxima sob a orientação de José Augusto Reis e Maria Amélia Ribeiro. Finalista do mestrado em Ensino de Música da Universidade do Minho, em que estudou com Luís Pipa, terminando igualmente com nota máxima.
Notas e Programa do Concerto
Híbrido
Híbrido pretende ser um jogo entre o erudito e o popular, o clássico e o ligeiro, o formal e o informal. Num vaivém constante de influências e cruzamentos, surge uma música inusual, mas atraente. É um produto “misto” que não se compromete com nenhuma categoria.
Ganhando vida num palco pleno de utensílios, aparelhos e, como não poderia deixar de ser, de instrumentos musicais, para vários gostos e feitios, promete não ser sóbrio nem muito menos estático…
“Valsa Impropria para Salão” – António Vitorino d´Almeida
Escrita por um compositor bem conhecido do público português, “Valsa Imprópria para Salão” revelou ser bem própria para a abertura deste concerto, ainda que aparentemente desajustada para um salão. Singela e ligeira, em estrutura “da capo”, a valsa vive do entrelaçar constante da marimba e do piano, do vaivém dos fragmentos de temas, das linhas que raramente se completam apenas com um instrumento. Fragmentados são também os ânimos e as cores, num discurso despreocupado e ligeiramente humorista, onde os recortes de vários estados de espírito aparecem e desaparecem, qual pensamento corriqueiro e quotidiano.
“Initial Dances” – Guillaume Connesson
Initial Dances, três pequenas danças escritas para piano, fazem referência a vários elementos, velhos e novos. A primeira, R. Dance, evoca desde logo no título a memória de Rameau, compositor barroco. Na sua escrita nervosa, ornamentada e volúvel, faz lembrar a escrita para cravo setecentista, mas com um filtro bem moderno. Em simbiose com essa linguagem ligeira, juntam-se elementos do jazz e até mesmo do baixo eléctrico. S. Dance, de “Slow”, é a dança lenta que faz a ponte entre as duas danças rápidas. Começando num minueto – lento, sensual, caprichoso – vai aumentando de intensidade pouco a pouco, num clamor romântico, até desabar numa espécie de ambiente nebuloso, sonhador, onde os ritmos se dissolvem na eternidade. A última dança, “F. K Dance”, a dança do “funk”, abre com um tema de oito notas que vai sendo explorado através de elementos do boogie, ostinatos e até transe rítmico…, numa linguagem virtuosa e vivaz.
“One Study” – John Psathas
“One Study” faz parte da obra icónica “One Study, One Summary”, podendo ser interpretada individualmente ou somada ao outro andamento – “One Summary”. Esta composição distingue-se pelo uso de electrónica e junk percussion, além, claro, da marimba, como instrumento principal.
A obra é uma simetria rítmica, harmónica e melódica entre o intérprete e electrónica. Com um virtuosismo lírico impressionante, ilustrado pelo perfect pitches – afinações perfeitas dos instrumentos inusuais – junk percussion. Esses instrumentos podem variar consoante a performance, mas no caso actual irão ser: 4 frigideiras, uma bacia, um fervedor de leite de inox, três china gongs, três saladeiras de inox, um caixa de madeira e três pratos.
“Frozen in Time” Percussion Concerto – Avner Dorman
Cada momento do concerto tem uma sonoridade especifica. No primeiro andamento está expressa a forma geográfica dos continentes desde o período pré-histórico até a actualidade. As sonoridades provenientes de instrumentos como a darbuka ou mesmo a conga contrabalançam com as melodias organizadas, provenientes de escalas pentatónicas, que simbolizam a separação dos territórios. O momento seguinte é uma ilustração musical do outrora existente Continente Euroasiático, com sonoridades escuras e íntimas. O último movimento está ligado aos EUA, com sonoridades referentes à Broadway, Rock, Tango, Orchestra Styles and Grunge Music.
22h00