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Velocidade de Escape + Teoria 5S | Visões Úteis | Mafalda Banquart, Pedro Carreira, Tiago Araújo + Ana Azevedo, Ana Vitorino, Carlos Costa, Jorge Paupério, Óscar Branco | 11 de maio – 22h00 – Teatro Diogo Bernardes

Cultura
10 Maio 2018

A 11 de maio, às 22h00, no Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, o Visões Úteis apresenta dois espectáculos de teatro autónomos, pese embora com um fio condutor que os interliga – Velocidade de Escape, seguido de Teoria 5S –, prevendo-se uma experiência muito diferente para os apreciadores de teatro.

Velocidade de Escape

"É uma armadilha. Digam-me que percebem que é uma armadilha, que percebem a minha responsabilidade, que não posso deixar isto para quem vier depois de mim!"

“Velocidade de Escape”, que toma para título a expressão que designa a velocidade mínima que um objecto sem propulsão precisa para se libertar de um campo gravitacional, é o segundo momento de uma reflexão do Visões Úteis sobre o modo como lidamos com o lastro do nosso passado e desenhamos o futuro em que nos queremos projectar, reflexão iniciada na anterior criação “Teoria 5S” (Novembro, 2017).

Estamos agora nesse futuro projectado, um espaço e tempo “ideal”, mais económico e leve, limpo do desperdício da existência humana – com as suas complexas memórias e emoções, a sua expressividade exagerada. Entramos na casa de um homem de meia-idade (Pedro Carreira) que aparentemente conseguiu libertar-se do seu lastro material e emocional, cortar os laços com o passado e assim conquistar a absoluta serenidade.

Para “passar um tempo agradável”, ele recebe dois convidados mais jovens (Mafalda Banquart e Tiago Araújo), que não conhece mas que foram seleccionados por um qualquer algoritmo capaz de sugerir a companhia ideal para cada ocasião. O encontro põe à prova as reais capacidades do anfitrião para pertencer ao “maravilhoso novo mundo” leve, conciso, flexível, em que os jovens convidados parecem viver tão confortavelmente… mas revela também que, afinal, o convite escondia um objectivo sinuoso: resolver o último e embaraçante obstáculo à total libertação deste homem.

Ficha Técnica e Artística

Direção e texto Ana Vitorino, Carlos Costa, João Martins

Cenografia Inês de Carvalho

Sonoplastia João Martins

Desenho de luz Pedro Correia

Vídeo Nuno Barbosa

Coordenação de montagem Zé Diogo Cunha

Coordenação de produção Teresa Camarinha

Interpretação e co-criação Mafalda Banquart, Pedro Carreira, Tiago Araújo

Fotografia João Tuna/Teatro Nacional S. João

Co-produção Visões Úteis, TNSJ

Agradecimentos Leonor Quinta, José Reis, Hernâni

Teoria 5S

A conservação das memórias através de um arquivo morto (ou de objectos do passado) é algo que nos prende a um tempo onde já não podemos existir nem actuar. Não será, assim, o acto da destruição desse arquivo uma libertação necessária para podermos pertencer verdadeiramente ao presente e nos projectarmos no futuro, para nos podermos mover, seguir caminho? Por outro lado, sem esse espólio seremos nós ainda alguma coisa? Não será a única forma de identificação de uma pessoa a materialização daquilo que fez e experienciou no passado?

“Teoria 5S”, co-produção com o Teatro Municipal do Porto, foi a primeira de duas criações originais – a que se seguiu “Velocidade de Escape”, co-produção com o Teatro Nacional S. João em março de 2018 – dedicadas a esse confronto com o nosso lastro físico, e à eventual (ilusória?) libertação que a sua destruição ou redução minimalista nos poderá trazer.

O espectáculo, que reflecte com humor sobre uma certa ansiedade reducionista (ou mesmo minimalista) dos nossos tempos, inspira-se no confronto com o arquivo que o Visões Úteis criou ao longo de mais de duas décadas, e é marcado pelo reencontro com dois actores que ocupam um lugar muito especial nesse arquivo – e na própria história do teatro do Porto –, Jorge Paupério e Óscar Branco.

Em “Teoria 5S”, um grupo de pessoas mergulha no seu arquivo comum, forçando-o aos ensinamentos e regras trazidos por uma especialista em metodologias de arrumação, organização e eficácia. Um caminho de redução material que tenta criar espaço para um futuro mais promissor, mas que vai afinal mostrar-se cheio de paradoxos, expondo fragilidades individuais e fracturas dentro do próprio grupo. Se calhar alguns de nós não cabem no futuro…?

Ficha Técnica e Artística

Criação e direcção Ana Vitorino, Carlos Costa, João Martins

Cenografia Inês de Carvalho

Banda sonora original e sonoplastia João Martins

Desenho de luz Pedro Correia

Vídeo Nuno Barbosa

Interpretação Ana Azevedo, Ana Vitorino, Carlos Costa, Jorge Paupério, Óscar Branco

Coordenação de produção Teresa Camarinha

Coordenação de montagem Zé Diogo Cunha

Fotografia José Caldeira/Teatro Municipal do Porto

Co-produção Visões Úteis, Teatro Municipal do Porto

Apoio Adão Oculista, Anjos Urbanos

Agradecimentos Nuno Casimiro, Pedro Carreira, José Carlos Coelho, Francisco Barbedo, Armanda Martins, Mónica Domingues, Fundação Escultor José Rodrigues, Arsélio Martins, Cláudia Escaleira, Hernâni

Bilhetes à venda (3,00€) e mais informações no Teatro Diogo Bernardes, pelo telefone 258 900 414 ou pelo email teatrodb@cm-pontedelima.pt.

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